Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
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Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
Em um futuro não tão distante...
Século XXII
A última Guerra Santa havia acabado mal para os dois lados. Atena e Hades se confrontaram no Meikai e, numa medida desesperada, a deusa da justiça expandiu infinitamente seu cosmo para conter o poder de Hades.
O choque entre tais forças imensuráveis aniquilou ambos, bem como destruiu completamente o Reino de Hades.
...
Atualmente – Yomotsu Hirasaka
Uma silhueta negra se encontra sentada na borda de um cânion na entrada do mundo dos mortos. Parecia observar almas à beira da morte caindo para um abismo agora realmente sem fim, seus destinos eram incertos depois da destruição do Meikai.
- Aiacos de Garuda... – diz uma voz de alguém que se aproxima daquela silhueta.
- Eu? Eu não sou ninguém. Eu nem existo. Você também não, Cavaleiro de Ouro de Câncer. – responde Aiacos sem desviar o seu olhar do abismo que encarava.
- Aí é que você se engana. Com a ausência dos deuses agora mesmo é que existimos. Não somos mais soldados, meras ferramentas a serviço da vontade divina. – responde Malakh.
- Os deuses estão mortos. Podemos ser quem quisermos.
Apesar de ouvir atentamente, Aiacos permanece imóvel.
- Eles estão mortos, mas devem ser substituídos. – continua Malakh - Veja esse abismo, por exemplo. Os que beiram a morte aqui caem, mas sem o Reino de Hades não há mais morte definitiva.
- Com isso, o caos se aproxima. O Inferno abrigava almas poderosas dos piores guerreiros da história. Almas antigas com grande domínio cósmico se libertaram e são fortes o bastante para possuir os vivos. São os Eidolons.
- Eidolons? Devem estar fazendo a festa lá em cima.
- Estão. Deveríamos fazer algo a respeito.
- Eu quero que a humanidade se foda, sinceramente.
- Não se trata disso. A questão é que com a ausência da ordem dos deuses, logo uma nova ordem será instaurada.
- Você prefere emergir num mundo controlado pelos Eidolons ou tomar as rédeas da situação e mandar esses lixos para sofrer pela eternidade no Novo Inferno? Vai deixar os caras deitarem e rolarem sobre a gente mesmo?
- Novo Inferno? Como assim? – questiona um pensativo Aiacos.
- Aqui no Yomotsu podemos criar um destino definitivo para os mortos. Mas eu não consigo sozinho, minha ligação com o Sekishiki é forte, mas não é suficiente. Precisaria da ajuda de mais alguém, de um juiz do inferno...
- Quem diria, um Cavaleiro precisa da ajuda de um Espectro... Ha!
- Eu topo, mas com uma condição: serei o Juiz deste Inferno e sentenciarei as almas a punições conforme o meu arbítrio... e minha criatividade, claro.
- Fechado, Espectro. Agora vamos, temos uma festa para arruinar.
Com o pacto selado o Yomotsu já estava diferente e toma nova forma sendo remoldado pelas cosmo energias dos dois. Almas de Cavaleiros e Espectros mortos surgem para cooperar com o funcionamento do Novo Inferno.
Século XXII
A última Guerra Santa havia acabado mal para os dois lados. Atena e Hades se confrontaram no Meikai e, numa medida desesperada, a deusa da justiça expandiu infinitamente seu cosmo para conter o poder de Hades.
O choque entre tais forças imensuráveis aniquilou ambos, bem como destruiu completamente o Reino de Hades.
...
Atualmente – Yomotsu Hirasaka
Uma silhueta negra se encontra sentada na borda de um cânion na entrada do mundo dos mortos. Parecia observar almas à beira da morte caindo para um abismo agora realmente sem fim, seus destinos eram incertos depois da destruição do Meikai.
- Aiacos de Garuda... – diz uma voz de alguém que se aproxima daquela silhueta.
- Eu? Eu não sou ninguém. Eu nem existo. Você também não, Cavaleiro de Ouro de Câncer. – responde Aiacos sem desviar o seu olhar do abismo que encarava.
- Aí é que você se engana. Com a ausência dos deuses agora mesmo é que existimos. Não somos mais soldados, meras ferramentas a serviço da vontade divina. – responde Malakh.
- Os deuses estão mortos. Podemos ser quem quisermos.
Apesar de ouvir atentamente, Aiacos permanece imóvel.
- Eles estão mortos, mas devem ser substituídos. – continua Malakh - Veja esse abismo, por exemplo. Os que beiram a morte aqui caem, mas sem o Reino de Hades não há mais morte definitiva.
- Com isso, o caos se aproxima. O Inferno abrigava almas poderosas dos piores guerreiros da história. Almas antigas com grande domínio cósmico se libertaram e são fortes o bastante para possuir os vivos. São os Eidolons.
- Eidolons? Devem estar fazendo a festa lá em cima.
- Estão. Deveríamos fazer algo a respeito.
- Eu quero que a humanidade se foda, sinceramente.
- Não se trata disso. A questão é que com a ausência da ordem dos deuses, logo uma nova ordem será instaurada.
- Você prefere emergir num mundo controlado pelos Eidolons ou tomar as rédeas da situação e mandar esses lixos para sofrer pela eternidade no Novo Inferno? Vai deixar os caras deitarem e rolarem sobre a gente mesmo?
- Novo Inferno? Como assim? – questiona um pensativo Aiacos.
- Aqui no Yomotsu podemos criar um destino definitivo para os mortos. Mas eu não consigo sozinho, minha ligação com o Sekishiki é forte, mas não é suficiente. Precisaria da ajuda de mais alguém, de um juiz do inferno...
- Quem diria, um Cavaleiro precisa da ajuda de um Espectro... Ha!
- Eu topo, mas com uma condição: serei o Juiz deste Inferno e sentenciarei as almas a punições conforme o meu arbítrio... e minha criatividade, claro.
- Fechado, Espectro. Agora vamos, temos uma festa para arruinar.
Com o pacto selado o Yomotsu já estava diferente e toma nova forma sendo remoldado pelas cosmo energias dos dois. Almas de Cavaleiros e Espectros mortos surgem para cooperar com o funcionamento do Novo Inferno.
Última edição por Malakh em Sáb Abr 18 2020, 23:48, editado 9 vez(es)
Malakh- Garanhão Coronas
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
Na noite de Tóquio, um carro cruza a ruas em alta velocidade até que para em frente a um grande e chamativo edifício.
- É aqui. Há algo muito estranho rolando aqui. – diz Malakh deixando o veículo.
- Corporação Vega? – questiona Aiacos também saindo do carro e avistando a faixada do prédio.
- Até pouco tempo atrás era uma empresa de médio porte. De repente tudo dá certo para ela e passa a comprar as concorrentes.
- Isto começou quando o novo dono assumiu. E o mais estranho: ele era só um funcionário de baixo escalão até alguns meses atrás.
- Ok, mas por que diabos viemos de carro?
- Para não chamar a atenção, oras. Estamos no meio da civilização agora, se liga.
- Agora fecha a matraca, vamos entrar.
Dentro do prédio um clima peculiar imediatamente chama a atenção da dupla. Pessoas trazendo joias e dinheiro como se tivessem acabado de ter roubado, outros portando drogas prontas para a venda sem se importarem em ser vistos.
É como um covil de uma grande organização criminosa, mas todos os indivíduos lá pareciam enfeitiçados, com um olhar vazio e sem vida.
- Mas que porra...
Repentinamente, a multidão percebe que a dupla não pertence àquele lugar e passa a encará-los.
- E agora, Sherlock?
- Deixa rolar...
Os funcionários da Corporação então investem contra os invasores, com afinco para eliminá-los.
Com tranquilidade, Aiacos e Malakh aplicam golpes físicos sobre os oponentes, sem os matarem, apenas de modo a nocauteá-los. Logo todos estavam ao chão.
- Não vim aqui para perder tempo brincando com esses insetos. Cadê a desgraçada da alma fugitiva?
- Na cobertura, é claro. Onde mais ficaria um cara com um ego gigantesco e o poder de manipular mentes? – diz apontando para o elevador.
Os dois seguem para o elevador, que sobe todos os andares e chega ao destino.
Como previsto, é o local certo. Dezenas de mulheres nuas habitam o local, uma fragrância adocicada toma conta do ambiente. Há camas, banheiras, pétalas de rosa e uma grande mesa que exibe um banquete.
Na ponta da mesa, um homem é servido vinho em uma taça por uma de suas escravas sexuais.
- Vocês chegaram longe... – diz o homem.
- Quem é você que possui o corpo desse mortal? Revele-se.
- Ora, sabem disso então. Interessante... Sou Yudo, mas você não me conheceria, venho de um tempo longínquo.
- Agora que as dúvidas foram sanadas, quero que vocês dois se matem. – fala tentando usar seu poder.
Aiacos e Malakh se entreolham e caem na gargalhada.
- Um tempinho no inferno pode ter fortalecido essa sua alma orgulhosa a ponto de desenvolver a habilidade de controle de mentes, mas isso não quer dizer que vá funcionar com alguém mais forte do que você.
- Mais forte do que eu? – questiona batendo a mão na mesa.
A dupla então revela suas identidades trajando a armadura de ouro e a súrplice.
- Um Cavaleiro e um Espectro? Juntos? O que está acontecendo aqui? – Yudo se levanta.
- Estamos botando ordem na casa...
- Não vai adiantar. Não tenho somente a habilidade de controlar mentes, posso também lê-las. Posso antecipar qualquer movimento que façam.
Instantaneamente, Aiacos surge em frente de Yudo, pegando-o de surpresa.
- Antecipe isso então, verme. – diz enquanto coloca sua mão no torso do inimigo e solta uma descarga de energia cósmica.
“Maldição, nem deu tempo de ler nenhum pensamento. É um nível muito acima do meu.” – pensa enquanto se reergue do chão.
- Calma, Aiacos. Não mate o hospedeiro, ele não tem culpa. Vamos só expurgar o infeliz desse corpo.
SEKISHIKI MEIKAI HA!
Malakh lança sua técnica e expõe a alma de Yudo logo acima do corpo do hospedeiro.
- Malditos, eu vou retornar. O Inferno já era, vou estar sempre livre e não vou esquecer-me deste dia! – urra a alma de Yudo em tom desesperado.
- Não ouviu não? Tem um Novo Inferno esperando por você.
- E eu serei o juiz dos teus crimes.
- Eu o sentencio a uma eternidade passando uma vontade voraz sem jamais poder saciá-la. É a minha decisão.
Aiacos estala os dedos e manda a alma de Yudo para o Yomotsu, o novo destino dos mortos.
As mulheres do local então voltam a si e ostentam olhares de confusão.
- É melhor a gente dar o fora daqui logo, não bolei uma explicação plausível para dar a elas.
- Tens que planejar melhor essas coisas, cara.
- Vamos em frente. A noite é uma criança e ainda há muitos Eidolons por aí para a gente mandar pro inferno. – diz Malakh enquanto a dupla sai de cena.
Malakh- Garanhão Coronas
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
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"Alguns dias haviam se passado desde que a curiosa dupla havia atacado o primeiro Eidolon em Tóquio. Ambos conseguiram lidar calmamente com o alvo, que não apresentou nenhum empecilho para que pudessem completar a missão."
Depois de uma breve luta, Yudo foi derrotado e acabou sendo enviado para o Novo Inferno, que agora está sob a responsabilidade de Câncer e Garuda. Agora o cenário muda, uma nova suspeita aparece. Após uma investigação levada à cabo pela dupla, ambos se movem para um novo destino. O que será que lhes esperam?"
"E aqui estamos nós, na bela e maravilhosa cidade de Kyoto. Era uma fria manhã de domingo, com os céus nublados, dando um aspecto sombrio e deprimente que contrastava com a beleza das construções que haviam no local. Tudo estava vazio, cemitério, quando o clima de solidão é alterado ao aparecerem duas silhuetas que caminhavam pelas ruas desertas."
- É aqui! É aqui que está localizado o nosso próximo alvo, Malakh.
"Aiacos comenta calmamente enquanto anda a passos vagarosos, tentando encontrar alguma pista, através de alguma perturbação cósmica. Os Eidolons eram almas que podiam ser detectadas por aqueles que dominassem o Seikishiki."
- Temos que ter muita cautela...pois este é bem mais forte que o anterior...
"O juiz comenta com uma certa preocupação, demonstrando assim uma cautela. Seu comportamento estava diferente, o que intrigava seu colega Malakh."
- Aiacos, você tem certeza que ele está por aqui?
"Malakh seguia seu colega, enquanto olhava para todos os lados buscando alguma pista que pudesse levá-los ao Eidolon."
- Sim, não me restam dúvidas. Senti uma perturbação cósmica por aqui...você não sentiu??
- Eu pude sentir. Mas como você comentou antes, foi apenas por um instante. Tão logo se manifestou e já desapareceu.
"O juiz do inferno para de andar, e gesticula com a mão para que o cavaleiro de ouro também parasse."
- Ei...você encontrou alguma coisa?
"Malakh acena negativamente com a cabeça, não havia encontrado nada. Seguindo o pedido do seu colega, o dourado para ao lado do juiz, que espia entre os becos entre as construções."
"O local estava cemitério, não havia uma viva alma sequer. Somente o som do silêncio, constantemente quebrado pelo barulho do sopro dos ventos."
- Algo está errado...
"Aiacos olha para Malakh."
- Ele sabe que estamos aqui. Mas ainda não se manifestou. Nossa localização pode ser desconhecida para ele...assim como a localização dele também é desconhecida para nós.
"O cavaleiro de ouro vira-se para o lado, olhando as janelas de uma residência ao lado deles."
- Não vamos perder nosso tempo...
"Começa a elevar seu cosmo, agressivamente. O cavaleiro de ouro não compreende a postura do espectro. Tal ato revelaria a sua posição."
- O que pretende? Assim vai acabar denunciando nossa posição ao Eidolon. Basta!!
"O dourado alerta seu companheiro, se mostrando irritado com a postura imprudente do juiz."
- Não podemos perder tempo...temos que agir agora. Rápido, vista sua armadura de ouro.
"Um Aiacos agitado se mostra presente."
- Tens certeza disso? Nossa investigação até agora é inconclusiva. Precisamos localizá-lo primeiro! Você sabe disso.
"Eis que vozes são ouvidas no horizonte. Foram gritos, porém em um tom baixo, como se estivesse longe. Os gritos iniciaram e tão logo findaram-se, em questão de segundos."
- Você ouviu isso?
"Malakh vira-se para Aiacos."
- Sim...eu ouvi!
"Sem perder tempo, ambos vestem suas respectivas vestimentas, ficando de prontidão."
"De repente, novos gritos ecoam pelo local."
- Esse Eidolon é diferente dos demais. Como eu te expliquei ontem, Malakh, nós, o exército de Hades, já tivemos alguns poucos contatos com Eidolons. Eu, como juiz do inferno e espectro, já tive que lidar com alguns.
"O cavaleiro de ouro acena positivamente com a cabeça, recordando da conversa que tiveram no outro dia. Ambos caminhavam vagarosamente entre as ruelas de Kyoto."
-Porém, a grande maioria, por serem almas fracas, eram facilmente subjugadas. Mas...haviam aqueles que eram extremamente poderosos.
"O juiz explica calmamente enquanto ambos ouvem diversos gritos de pânico e desespero que ecoam pela cidade que estava vazia como cemitério."
- Então...quer dizer que um desses Eidolons diferenciados está aqui? Tem certeza?
"O dourado questiona seu colega enquanto tenta detectar alguma cosmo energia que pudesse ser do Eidolon."
- Parece que dessa vez tudo será mais divertido.
"O cavaleiro de ouro fala em tom de deboche."
- Como você sabe que é ele?
"Aiacos vira-se para Malakh com um olhar sério e responde prontamente."
- Sua presença...ela me é familiar...é única e inconfundível. E agora...consigo sentir um odor...e esses gritos...todas essas circunstâncias não me deixam dúvidas...é ele.
"O dourado então percebe que havia um leve odor pairando no ar, um cheiro muito estranho, que queimava por dentro das narinas. À medida que andavam, o cheiro ficava mais forte."
"Eis que os gritos se tornam extremamente alto e ensurdecedor."
"A dupla havia chegado em uma praça grande que ficava na cidade, e lá se depararam com um cenário peculiar."
"Haviam vários pilares negros, e na ponta de cada um haviam pessoas empaladas que gritavam desesperadamente por socorro. Quando elas morriam, seus corpos apodreciam em ritmo veloz, até desintegrar-se."
- É ele...agora eu tenho certeza!
"Aiacos cruza seus braços observando o espetáculo macabro que acontecia diante deles."
- Quem é esse Eidolon?
"Questionava Malakh, intrigado."
- Não tem nome...nenhum espectro nem mesmo Hades sabe a sua identidade...
- Por isso passou a ser chamado de Inominado.
"Malakh coloca a sua mão no queixo. Um Eidolon que os espectros desconheciam. Tal fato haviam intrigado-o."
- Pode ser que ele seja bem antigo...do tempo da titanomaquia...quando o Meikai não era parte do domínio de Hades.
"Aiacos afirma com a cabeça fazendo um gesto positivo."
- Sim, é muito antigo...desconhecemos sua origem. Fazem muitos milênios que ele se alimenta das almas que vão para o Meikai. Porém como são milhões e milhões de almas despejadas toda hora, nunca nos importamos. Porém a partir do momento em que começou a atacar nosso exército...tivemos que intervir.
- Hades pessoalmente se encarregou de selá-lo nos abismos do Meikai.
"Enquanto isso, as pessoas ali empaladas agonizavam, implorando por ajuda, enquanto desfaleciam lentamente, em constante agonia mesclada com desespero e dor."
- Confesso que ver essa cena me traz uma sensação de paz. É um belo espetáculo, confesso.
"Aiacos esboça um sorriso cínico."
- Mas mesmo assim...não podemos deixar o Inominado fazer o que quer. Ele sem dúvidas era uma ameaça para o Meikai...e com certeza será uma ameaça para o Sekai, isto é, o seu mundo.
"Aponta o dedo para Malakh."
- Veja bem. Eu não me importo com a superfície. Porém esse Eidolon maldito devora as almas, e vai ficando cada vez mais poderoso. Uma hora ele irá atrás de nós, e a ideia de ter que lidar com ele futuramente, quando estiver bem poderoso, não me agrada nem um pouco.
"O juiz suspira fundo, enquanto observa alguns corpos desfalecidos se desintegrarem."
- Idiota, não precisa disfarçar, eu sei que você também gosta de usufruir dos benefícios que a superfície oferece, diferente do Meikai.
"O dourado solta uma risada."
- Vamos lidar com esse desgraçado.
"Milhares de almas perambulavam pelo local, deixando os corpos dilacerados e irreconhecíveis dos moradores, que se desintegravam em questão de minutos, num aceleradíssimo ritmo de apodrecimento."
"As almas iam todas para uma mesma direção, sendo que os dois colegas observam. Havia uma silhueta que absorvia essas almas, porém a mesma era de baixa estatura, como se fosse uma criança. Não era possível ver a sua forma direito, pois estava oculta nas sombras."
- Maldito...apareça!!!!
"O juiz do inferno explode seu cosmo, enquanto concentra sua cosmo energia em uma das mãos."
"O cavaleiro de ouro não perde seu tempo e também começa a elevar seu cosmo."
- Tome cuidado, Malakh.
- Tsc...não precisa falar nada...
"Os dois encaram a silhueta, que para de absorver e devorar as almas. A mesma caminha à passos vagarosos na direção de ambos, e só para de caminhar quando fica em frente à eles, numa distância de vários metros, revelando sua identidade, que lhes deixam chocados."
- Não pode ser...isso é impossível!!
- Que bom que você veio, Malakh de Câncer...fico feliz em saber que você está bem.
"E eis que a silhueta que surge na frente dos dois nada mais era do que Athena, porém em idade bem jovem, esboçando um sorriso. A deusa falava com o dourado com ternura e delicadeza. Os dois estavam incrédulos, porém o baque era bem maior para o dourado."
"O cavaleiro de ouro fica boquiaberto, sem saber o que falar."
- Cuidado Malakh...não se engane!!
"Grita Aiacos em tom de alerta."
"Porém era tarde."
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Continua.
Aiacos- Administrador
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
Malakh cai na armadilha e é tragado para dentro do Eidolon. O Cavaleiro de Câncer acaba em uma dimensão estranha encontrada no interior do Inominado.
- Ok, fui bem burro agora... - lamenta consigo mesmo.
- Apareça, Sem-Nome! Não me trouxe aqui para nada, não é mesmo?
A escuridão daquele ambiente era tão densa que parecia poder ser pega com as mãos. Malakh não podia enxergar nada à sua frente. Conseguia, no entanto, sentir uma presença ameaçadora à espreita, embora curiosamente familiar.
- Revele-se, covarde! Sei que está aí!
- Olá, Deathwatch... - uma voz o alcança, todavia sem demonstrar de onde saiu.
Um ar gélido atravessa a medula espinhal de Malakh nesse momento. Havia muito tempo que ninguém o chamara por aquele apelido.
- Não é possível.. Somente uma pessoa me chamava assim!
- Syrma de Virgem... O famoso Deathstar...
Uma figura se revela. É o Cavaleiro de Ouro de Virgem, para o espanto de Malakh.
- Não pode ser! Será mesmo você, meu finado amigo? Ou mais um truque deste Eidolon?
- Sou eu mesmo, Deathwatch. E posso provar...
- Lembra-se de quando você era o Cavaleiro de Prata de Relógio? Como era mesmo a sua frase de efeito nas batalhas? Ah, lembrei: "Seu tempo acabou!"
- Ha! Bons tempos, não é? Aquele jargão ficou tão afamado que fui obrigado a te dar um apelido, um parecido com o meu próprio. Foi aí que comecei a te chamar de Deathwatch.
- Caramba, é você mesmo. Isso quer dizer então que...
- Sim, o Inominado devorou minha alma no Meikai. A minha e a de muitos outros...
- E ele está devorando a sua nesse momento. Você está em estado etéreo aqui. Seu corpo está caído.
- Maldição! Temos que dar um jeito de sair daqui... - diz Malakh, pensativo.
- Eu já estou morto, Deathwatch. Não tenho para onde ir. Mas você... você ainda tem uma chance.
- Não vou embora sem você, meu amigo. Eu ressuscitei o próprio Inferno, posso te reviver também, confie em m-.. - Malakh é interrompido por um potente soco desferido por Syrma.
- Você vai embora sim. Nem que eu tenha que te forçar a isso...
- Eu ainda não sei como sair daqui, Syrma! Preciso de tempo para pensar!
- Tempo é o que você não tem.
- Seu tempo acabou.
OHM!
Uma explosão de luz acerta em cheio o Cavaleiro de Câncer, que se reergue com dificuldades.
- Muito bem, Estrela da Morte. Eu já entendi, você quer cair na porrada.
Os Cavaleiros de Ouro passam a trocar golpes na velocidade da luz, até que Syrma para e fica em posição de lotus.
KAHN!
Todos os golpes de Malakh são anulados instantaneamente.
- Minha vez.
RENDIÇÃO DIVINA!
O Cavaleiro de Câncer tenta se defender como pode, mas a rajada de energia é poderosa e o atira para longe.
- Sem tempo para descansar. Sem tempo para viver. Já disse, seu tempo acabou.
- Esses espíritos esquecidos te lembrarão disso.
INVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS MALIGNOS!
Syrma lança dezenas de espíritos contra Malakh. Entretanto, o Cavaleiro de Câncer encara os espíritos e esboça um sorriso.
- Ah, você pode ser a Estrela da Morte, mas eu sou o Cavaleiro dela.
Malakh estala os dedos e os espíritos explodem.
- Exatamente, meu nobre amigo. Exatamente.
Nesse momento Malakh tem uma epifania. Ele finalmente entende o que Syrma tentava lhe ensinar durante esse tempo todo.
- Entendi... O Sem-Nome absorve almas. Eu detono almas. Se eu detonar uma alma forte o suficiente... pode dar certo.
- Vai dar certo, Deathwatch.
- Mas você vai deixar de existir! Sua alma não vai alcançar nenhum tipo de pós-vida. Será um vácuo eterno e infinito.
- Olhe ao redor. A escuridão já me assombra.
- Liberte-se, amigo. E liberte-me ao mesmo tempo, dessa prisão insuportável chamada existência.
- Adeus, Deathstar. - lágrimas percorrem o rosto de Malakh ao dizer tais palavras.
- Foi bom te rever, Deathwatch.
SEKISHIKI KONSO HO!
HECATOMBE DOS ESPÍRITOS!
Malakh detona a poderosa alma de um Cavaleiro de Ouro no interior do Eidolon.
Malakh- Garanhão Coronas
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
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"O cavaleiro de ouro de câncer, após ser ajudado pelo seu antigo amigo, Syrma de Virgem, consegue encontrar a solução para derrotar o eidolon sem nome."
"E assim, um clarão tomou conta do local. Parecia que uma grande explosão de luz estava acontecendo."
"Mas eram as almas que ardiam furiosamente em chamas."
- SEKISHIKI KONSO HO!!
"Bradava furiosamente enquanto disparava a Hecatombe dos Espíritos."
- Queime!!
- Aaaaaaaaaahhhhhhhhh...
"O eidolon Inominado grita em agonia enquanto seu corpo parecia se desintegrar com a força do golpe do cavaleiro de ouro."
"As almas que antes viviam sob o julgo de Inominado, agora ardiam furiosamente, findando-lhes sua existência, porém ao mesmo tempo, encontrando a paz após um longo período de trevas."
- Ele conseguiu!! O desgraçado conseguiu!
"O juiz do inferno observou a situação sem agir, uma vez que entre o momento em que o cavaleiro de câncer foi envolvido na armadilha pelo Inominado, até o momento em que este se libertou, não passaram mais do que poucos segundos."
"O dourado simplesmente caiu ao chão, enquanto sua alma era tragada pelo eidolon. Porém pouco após, o eidolon passou a arder em chamas azuladas, agonizando e gritando de dor."
- Você está bem?
"O juiz caminha até chegar ao lado do cavaleiro de ouro caído, e este aos poucos recobra a consciência."
- Absurdo...isso é um grande absurdo!
"O Inominado queimava em chamas, diante dos dois guerreiros. Malakh se levantava com um sorriso estampado em seu rosto."
- Você subestimou o meu poder, meu caro.
"O juiz do inferno eleva seu cosmo se preparando para atacar."
- Maldito seja!
- Aiacos, vamos acabar com ele agora!!
"O cavaleiro de câncer também eleva seu cosmo, ambos se preparam para atacar o Inominado. Porém este utiliza suas últimas forças e consegue escapar ao desaparecer diante dos dois."
- Eu voltarei. Isso é uma promessa!
"Disse tais palavras, em um tom sobrecarregado de rancor e descontentamento. O Inominado desaparece diante dos dois, enquanto seu corpo virava cinzas."
- Ele não morreu ainda...que sujeito resistente.
"Se questionava Malakh."
"Em vão era qualquer tentativa de ataque. O eidolon havia escapado à tempo, antes de receber o golpe derradeiro."
- Temos que ir atrás dele logo!!
"Dizia um Aiacos preocupado."
- Sim, mas não se preocupe, ele não irá muito longe. Está bem enfraquecido.
"Malakh estava pensativo, tentando analisar o próximo passo de Inominado."
- Você sabe que ele é um perigo. A cada momento irá absorver mais almas e ficará mais forte. Temos que eliminá-lo.
- Eu sei disso Garuda! Nossa prioridade é rastrear ele e matá-lo. Porém existe mais um eidolon por aqui nas redondezas.
- Então iremos atrás dele? E deixaremos o Inominado para depois?
"O cavaleiro de câncer acena positivamente com a cabeça. Então se aproxima do juiz e tira um mapa de dentro de um bolso em sua calça. Os dois passam a observar o mapa cautelosamente."
-- Esse eidolon também é muito perigoso. Teremos problemas.
"Os dois começam a caminhar se afastando do local aonde haviam batalhado contra Inominado. A cidade continuava vazia, como uma cidade fantasma, sem ninguém por perto."
- Aiacos, não me diga que você está com medo desse eidolon?
"Soltava uma risada de deboche."
- Não fale besteira Malakh! Eu não estou com medo! Mas diferente de você, eu sou mais cauteloso e sei ver o perigo à nossa espreita.
"Respondia em tom de provocação ao seu colega."
- Sei sei, isso é desculpa esfarrapada.
- Cale-se! De qualquer forma, esse eidolon também dará trabalho. É um manipulador desgraçado.
"Os dois enfim haviam saído de Kyoto e rumavam para um pequeno vilarejo próximo para repousar. O próximo alvo já estava em suas miras."
- Como eu te disse antes, esse eidolon que iremos enfrentar é um pastor que prega em uma igreja que fica numa cidade nas redondezas. Descobri aonde ele está.
- Nas últimas semanas ele ganhou grande notoridade nessa cidadezinha em que estamos indo. Chegou inclusive a fazer a população se voltar contra o prefeito da cidade, bem como contra a polícia. Parece que manipula todos que lá vivem.
"Malakh então mostra para Aiacos seu celular com uma foto da igreja aonde o referido eidolon pregaria."
- Então é esse o local?
- Daquele que se diz o novo messias?
"E assim ambos partem para uma nova jornada."
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"Enquanto isso, não muito longe daí."
- Maldição...perdi toda a minha força...vou ter que começar tudo do zero...
"Inominado tremia enquanto olhava suas mãos queimadas e ensanguentadas."
- Absurdo...maldito cavaleiro de ouro!
"Cerra seus punhos e grita de raiva."
- Eu me vingarei, Malakh de Câncer!
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
Malakh e Aiacos chegam à pequena cidade com seus trajes civis, novamente para não chamar muita atenção enquanto procuram o Eidolon que domina o local.
Apesar de a cidade ser diminuta, a população inteira parece estar em transe, como se a comunidade toda participasse de um culto à personalidade de seu líder religioso, o Bispo Gianfranco, que não somente é poderoso naquela região, mas também é notório na comunidade cristã internacional, tendo se tornado o primeiro homem a ser canonizado vivo, atingindo o status de Santo, por todos os “milagres” e serviços prestados à Igreja.
- Esse cara é barra pesada, né? – questiona Malakh.
- Ele é da era dos tempos mitológicos. Um ser tão antigo e tão conhecido que existe até uma súrplice com o nome dele! – responde Aiacos.
- Caramba... O bicho é velho mesmo. Mas acho que chegamos. – diz apontando para uma catedral tão magnífica que destoa do restante da modesta cidade.
Ao adentrar o templo, a dupla logo se depara com aquele que procuravam.
- Vocês chegaram cedo demais, a missa começará somente daqui duas horas. – diz o Bispo.
- Ou quem sabe seus assuntos aqui sejam outros... – um olhar sinistro parte da feição daquele homem.
- Bispo Gianfranco! Ou será que devo lhe chamar de Lycaon, Rei de Arcádia? – Malakh provoca-o.
- Ah, um Cavaleiro de Atena... Ou será que devo lhe chamar de cavaleiro de coisa nenhuma agora que sua deusa está morta de uma vez por todas? Triste fim da sua ordem, tanta devoção, tanto empenho, mas nenhuma recompensa.
- Vejo que está acompanhado de um Espectro. E não é qualquer um, trata-se de ninguém menos do que o Rei Aiacos de Egina! Você sim é um convidado decente, meu caro. Somente deveria escolher melhor suas companhias. – diz voltado ao Juiz do Inferno.
- Lycaon de Arcádia, aquele que perverteu a devoção a Zeus ao transformá-la em um culto de sangue, sacrifícios e canibalismo, tendo sua natureza corrompida e virando um monstro como castigo, agora pretende perverter outra religião para satisfazer seu desejo de ser objeto de uma veneração doentia. Sua existência é patética, parece uma piada sendo contada outra vez. – responde Aiacos com acidez.
- Ora, mas que língua afiada você tem. Não se preocupe, aprendi minha lição. Desta vez não quero agradar deus nenhum, até porque o cargo de deus supremo está vago e eu quero ocupá-lo.
- Em breve serei venerado pelo mundo inteiro e serei o deus da Terra, do Céu, e também do Inferno. Aliás, obrigado pelo presente ao recriá-lo, faço questão de arrumar um lugarzinho especial para vocês dois lá.
- Já entendi, o lobisomem voltou com o poder de sugar a cosmoenergia das pessoas que têm fé nele. Ainda bem que chegamos cedo demais, não é mesmo? Haha!
- O poder que eu adquiri já é mais do que suficiente para aniquilar vocês dois...
Última edição por Malakh em Dom Jun 02 2019, 21:34, editado 1 vez(es)
Malakh- Garanhão Coronas
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
A dupla revela suas armaduras e se coloca em posição para o combate.
- Isso é o que veremos!
SEKISHIKI KISOEN! CHAMAS DEMONÍACAS!
- Cancela! – grita Lycaon apontando para as chamas e desfazendo-as.
- Eu domino o Sekishiki há muito mais tempo do que você, meu filho.
Lycaon então morde sua própria mão e a abre perante a dupla.
SANGUE REAL!
Uma enxurrada de gotículas atravessa a sala na velocidade da luz. Aiacos e Malakh desviam como podem dos feixes de sangue, mas a perna do Cavaleiro de Câncer é transpassada por um deles.
- Maldição!
- Você está condenado. É questão de tempo até morrer pelo meu sangue.
- Questão de tempo é comigo mesmo...
TEMPO REVERSO!
Malakh utiliza sua técnica de Cavaleiro de Prata de Relógio para reverter o estado de seu corpo e desaparecer com a ferida.
- Isso é inútil. Meu sangue corrompe não somente o corpo, mas também a alma e é com esta que você deveria se preocupar.
- Chega de conversinha! Vamos logo acabar com isso! – esbraveja Aiacos quando é interrompido por uma multidão de fiéis que invade a catedral.
- Ah, meus devotos... Venham até mim!
- Malakh, cuide desses vermes que eu cuido dele!
O Cavaleiro de Ouro usa suas ondas do inferno para retirar as almas dos corpos dos fiéis e incapacitá-los. Mas é inútil, a cidade inteira parecia querer ocupar aquele local, mais e mais fanáticos surgem.
De repente, Lycaon de Arcádia ergue seus braços e abre suas mãos, fazendo com que o sangue e as almas dos beatos deixem seus corpos e se juntem no meio do salão, formando uma imensa esfera constituída pela energia vital deles.
- Isso, meus fiéis. Venham até mim e sacrifiquem-se pela minha causa!
SAGRADA PENITÊNCIA!
Lycaon lança sua técnica e explode a massa de energia vital de centenas de seus fiéis, pulverizando instantaneamente toda a catedral.
Aiacos se protege com as asas de sua súrplice, mas Malakh não tem a mesma sorte e recebe os danos diretamente, ficando incapacitado.
- Malakh!
- Não se importe com ele. Como disse, ele já estava condenado.
- Além do mais, Rei Aiacos, ele é só um reles cavaleiro, um meteco, uma bucha de canhão, um inferior, um grosseiro. Somente uma figura soberana como você é digna da minha verdadeira forma.
- Zeus achou que havia me amaldiçoado com esta forma. Mas, na verdade, ele me presenteou. Foi meu primeiro passo em direção à apoteose!
Ao dizer essas palavras, Lycaon passa a se transmutar e assume uma fisionomia monstruosa.
- Curve-se e peça clemência diante de seu novo deus!
Malakh- Garanhão Coronas
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
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"Lycaon havia se revelado perante o espectro e o cavaleiro de ouro, e em uma reviravolta inesperada, sacrificou as vidas dos fiéis que lhe rodeavam, atacando a ambos com seu poderoso golpe: Sagrada Penitência."
"Câncer não conseguiu se defender do ataque, sendo atingido em cheio, porém Garuda se protegeu graças às asas de sua surplice, que agora ficaram trincadas e danificadas."
"Após tal ato, o eidolon se transformou, assumindo uma aparência monstruosa perante Aiacos."
- Curve-se e peça clemência diante de seu novo deus!
"Lycaon começa a elevar seu cosmo com bastante intensidade."
"Aiacos permanece imóvel, apenas observando seu novo oponente."
- Novo deus? Que besteira! Não passas de um megalomaníaco.
"Retruca o espectro para o antigo rei."
- Não meu caro amigo juiz, não é nada disso.
"Fechava seus olhos enquanto suspirava profundamente, estendendo seus braços para os lados, como se estivesse agradecendo."
- Finalmente eu encontrei a paz!! Alcancei minha apoteose!
"Sua cosmo energia agora era brutal, queimava com mais intensidade que antes."
- Anos e anos sofrendo...tudo por culpa de Zeus, aquele miserável...me desgraçou para sempre!!
"Relembrava seu passado, quando o deus dos deuses lhe havia transformado em uma besta, um lobo monstruoso, por culpa de seus crimes."
- Eu sacrificava os humanos em sua glória...e é isso que eu recebo?
"O juiz ouvia atentamente os lamentos do antigo rei, que vociferava em suas palavras, guardando profundo rancor pelo seu passado."
- Fui aprisionado nos abismos do tártaro...mas eu jurei a mim mesmo...que um dia eu irei me tornar um deus e irei reger esse mundo!!
- Está bem...vamos supor que você realmente queira governar esse mundo...como vai fazer isso? Terá que passar por cima dos outros eidolons! Ou melhor, até mesmo por cima de nós!
"Aiacos gesticula mencionando a si mesmo e a Malakh."
- Mesmo que nos mate, jamais conseguiria passar por cima de alguns eidolons que conheço, eles são muito mais fortes do que você.
"O juiz esboça um sorriso de escárnio."
- O..o que você está falando?
"Malakh tenta se levantar, vagarosamente, meio dolorido."
- Não é nada, deixe comigo.
"O juiz gesticula para o seu colega, e volta as atenções para Lycaon."
- Você entende, não é mesmo? Que esse seu sonho, esse seu objetivo...é simplesmente impossível. Isso só mostra o quão você é imbecil...não passa de um rei fracassado e desvairado, que almeja o surreal...que vergonha Lycaon!
"O rei de Arcádia solta um urro feroz, tomado pela raiva, queimando seu cosmo mais ainda."
- Basta! Não irei admitir tamanha heresia!!!
- Não esperava isso de você...o rei Garuda! Jamais passou pelo sofrimento que eu tive...então não é capaz de entender a dor que é perder sua majestade...ser desgraçado pelos deuses e cair no abismo do esquecimento...
- Não! Você foi punido pelos seus crimes, não se faça de coitado!
"Aiacos retruca o rei, em alto e bom tom, apontando seu dedo."
- Cale-se...não tens moral para falar de mim...tu...um juiz do inferno!
- Basta! Não irei perder meu tempo com vocês.
"Lycaon em seguida liberta o seu cosmo, enquanto gritos de terror são ouvidos por todo o lugar."
- Esses gritos...de onde estão vindo?
"Malakh se questiona ao ouvir gritos de desespero. Eis que de repente, nos arredores da antiga catedral, que havia sido destruída, aparece uma grande multidão. Em segundos o local é rodeado por diversas pessoas."
- São os meus amados fiéis...eles vieram atender ao meu chamado...
- Merda...eu não me importo em matar humanos também...mas isso é covardia, hein Lycaon? Usando humanos como escudo...
"Aiacos provocava o seu oponente, enquanto observava a multidão de pessoas que lhes rodeavam."
- Não mate eles...Aiacos!
"Malakh pensava em alguma alternativa que não precisasse matar essas pessoas."
- Seu tolo...eles não serão usados como escudo...mas sim...como oferenda!!
- O que??
"Aiacos e Malakh falam juntos, intrigados com as palavras de Lycaon".
- Venham a mim!!
"Em seguida, todas as pessoas começam a urrar de dor. Mulheres, crianças e idosos também faziam parte da multidão."
- Pare com isso !
"Malakh começa a queimar seu cosmo intensamente."
- Esquece...é tarde demais...
"Aiacos gesticula para seu amigo, dizendo para parar de agir."
- Já estão condenados...
"Os dois observam a multidão gritando em agonia, enquanto seus corpos são dilacerados e suas almas são arrancadas bruscamente de suas carnes."
Recebam a minha...Bênção Amaldiçoada!!
"As almas das pessoas sacrificadas são incineradas bruscamente, transformando-se em pura energia. Ato contínuo, Lycaon acaba desferindo incontáveis rajadas de energia para cima de Câncer e Garuda. O juiz eleva seu cosmo, formando uma barreira gravitacional através de seu Garuda Flap."
- Garuda Flap!!!
"O juiz usa seu ataque para cima das rajadas de energia desferidas por Lycaon, que eram compostas por pura cosmo energia. Invertendo a gravidade ao seu redor, somados ao esforço de Aiacos, tais rajadas são projetadas para o alto, vindo a desaparecer nos céus."
"O rei não perde seu tempo, e enquanto Aiacos terminava de mandar seu golpe, avança para cima dele, desferindo diversos golpes em seu tórax, arremessando o juiz para longe."
- Aaaaaahhhhh...
"Garuda tinha ficado ferido, Lycaon aproveitou a brecha para desferir diversos golpes que haviam machucado gravemente o juiz. Agora tanto Malakh quanto Aiacos estavam bem feridos."
- Droga...ele é bem forte...
"O cavaleiro de ouro vê Aiacos arremessado longe, e se levanta vagarosamente, olhando para Lycaon."
- Então Lycaon...você pretende dominar o mundo...sozinho?
"Malakh esboça um sorriso sarcástico em seu rosto, encarando o rei de Arcádia."
- Não...eu irei subjugar todos...com minha palavra, irei reunir um aglomerado de seguidores...irei espalhar minha voz para todos os continentes, e farei da humanidade meus fiéis cordeiros...
"Lycaon começa a explodir seu cosmo."
- Dessa vez vocês não irão escapar...não nesse estado!
- Ei Malakh...o que você está pensando??
"Aiacos fala enquanto se levanta do chão."
"Malakh gesticula para Aiacos."
- Tenho um plano! Mande esse filho da puta para os céus com seu golpe...siga a minha deixa...
"Falava bem baixinho para seu colega."
- Sei muito bem que existem eidolons mais poderosos que eu...mas isso não será problema. A cada instante, mais e mais fiéis irão se unir à minha causa, e através deles, irei ficar mais poderoso!
"Lycaon explode seu cosmo, queimando-o intensamente. No horizonte, era possível ver mais pessoas se aproximando. Uma nova leva de sacríficios se aproximava."
- Então morram seus malditos!!!
"Mais gritos de dor e desespero são ouvidos. Um novo ataque já tinha começado."
"Nesse momento, Malakh gesticula para Aiacos para que colocasse o plano em ação. Assim, Aiacos, usando sua velocidade, para diante de Lycaon."
- O que? És um suicida? Vai receber um ataque à queima roupa!
"O rei solta uma gargalhada demoníaca e no segundo em que ia atacar o juiz, é arremessado com violência para cima."
- Maaaaaaaaaaaaas o quêêêêêê??
- Garuda Flap!!
"Sem perder tempo, Aiacos dispara seu golpe contra Lycaon, que desaparece nos céus."
- É agora!!
- Sekishiki Meikai Ha!!
"Malakh explode seu cosmo, disparando sua técnica."
"Lycaon estava caindo de volta com todas as forças contra o solo, porém é atingido em cheio pelo ataque do cavaleiro de Câncer."
- Deu certo!!
"Aiacos cruza seus punhos comemorando."
"Ao ser atingido pelo golpe, Lycaon é transportado para outro lugar."
"Tal local para onde Lycaon foi enviado era nada mais nada menos que a entrada para o mundo dos mortos, o Yomotsu Hirasaka."
- Nãooooooooooo...
"O rei de Arcádia grita em desespero enquanto caia em queda livre para dentro do Yomotsu, indo direto para o mundo dos mortos."
- Vou te sentenciar, Lycaon!! Você passará a eternidade sendo apedrejado pelas almas que adentrarem o mundo dos mortos. A cada morto que adentrar, este deverá pagar um tributo: cinco pedras lançadas sobre tua cabeça! Pra sempre!
"E assim Lycaon foi derrotado, rapidamente."
- Minha técnica deu certo...consegui poupar a vida dessas pessoas...consegui poupar algumas almas de serem pulverizadas nas mãos daquele megalomaníaco...
"Câncer caminhava sobre os corpos dilacerados por Lycaon, enquanto a multidão que havia chegado por último acordava do transe que haviam entrado, por culpa do eidolon."
- Por isso a pressa em derrotar ele...tsc...
"Aiacos solta uma gargalhada,enquanto se afasta da catedral destruída. Malakh caminha logo atrás, acompanhando o juiz. A multidão recobra a consciência e se depara com os corpos dilacerados, entrando em histeria coletiva."
"Mas naquela altura, os dois guerreiros já haviam deixado o local."
- Aiacos...preciso saber de algo...
- Você uma hora comentou com Lycaon que ele não iria conseguir dominar o mundo...porque existem eidolons bem mais poderosos...o que significa isso? Você sabe de alguma coisa?
- Tsc...isso é um assunto para outra hora...
"Aiacos solta uma risada de deboche."
- Não! Fale agora o que você sabe!!
"O juiz para de andar, e vira-se em direção a Malakh."
- Você quer mesmo saber? Então preste muita atenção!
"Continua."
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Última edição por Aiacos em Ter Nov 19 2019, 16:53, editado 1 vez(es)
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
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"Questionado pelo cavaleiro de ouro, Aiacos decide abrir o jogo com o seu companheiro."
"A essa altura já estavam longe da catedral na qual ocorreu a luta contra o último eidolon, Lycaon, o antigo rei de Arcádia."
"O juiz olha para Malakh com um olhar sério."
- Muitos acreditam que os eidolons são seres irracionais, por serem espíritos que vagam pelo mundo dos mortos. Mas nós sabemos que não é assim, existe um grupo inteligente entre eles, que são eidolons evoluídos.
"O dourado gesticula com a sua mão acenando para Aiacos agilizar."
- Eu sei bem o que são os eidolons e tudo o que envolve sua natureza...então quero saber o que você estava querendo dizer antes...
"Em seguida Malakh se aproxima ficando cara-a-cara com Garuda."
- Sobre esses eidolons poderosos...você sabe algo...e não me falou...
- É porque julguei que deveria falar na hora certa...
"Câncer cerra seus punhos com raiva."
- E quando seria essa hora certa? Quando a gente for derrotado por um deles?
-Você devia ter falado disso lá no começo quando começamos a ir atrás dos eidolons!
"Aiacos suspira fundo e olha para o lado, vendo as ruínas da catedral lá no horizonte."
- Eu sei que devia ter falado antes...mas a verdade é que...nossas chances são praticamente nulas...
- Como assim? "O cavaleiro de ouro grita furiosamente."
- Você achou que não ia existir eidolons extremamente poderosos? Seu tolo! "Esbraveja de volta."
- Nossos exércitos foram aniquilados...o mundo está praticamente em ruínas...
"Aiacos caminhava vagarosamente se afastando do cavaleiro de ouro."
-Você sabe disso muito bem... "Para de andar, a cinco metros de distância do dourado, ficando de costas para ele."
"Um vento forte soprava no local, estava anoitecendo. Ao fundo era possível ouvir o alvoroço da multidão espantada com os corpos outrora dilacerados por Lycaon. Havia uma grande comoção no lugar, que era ouvida de longe, pelos dois guerreiros."
- Malakh...existe uma hierarquia dentro dos eidolons...esse grupo racional a que me refiro...possui eidolons que são radicais, vivem sozinhos, por conta própria. Possuem seus próprios objetivos...como aquele pervertido que estava rodeado de mulheres, ou o próprio Lycaon...
"O cavaleiro de câncer estreita seus olhos, pensativo, enquanto ouve a terrível verdade que Aiacos havia ocultado."
- Alguns deles são extremamente radicais, ao ponto de não hesitarem em matar outros eidolons. Enfrentamos um deles há alguns dias atrás, em Kyoto, lembra?
-Sim, me lembro daquele eidolon que não tinha nome...deu trabalho...
- Então...a maioria dos eidolons são assim...porém existe um grupo menor, porém consideravelmente numeroso, que possui um exército próprio, vivem uma hierarquia. O plano deles era derrubar Hades e os espectros, e tomar o inferno para eles.
"O cavaleiro de ouro se aproxima novamente de Aiacos, que estava pensativo."
- Entendo...e por isso foram aprisionados no tártaro.
"Aiacos acena positivamente com a cabeça, confirmando as palavras de Malakh."
- E agora estão livres para fazer o que quiserem...pois Hades foi definitivamente morto nessa última guerra contra Athena...
"O cavaleiro de ouro cruza seus braços e suspira fundo."
- Mas esse exército...pelo que você diz, ele é numeroso. Sabe quantos são? Existem muitos eidolons poderosos?
- É numeroso sim, mas desconheço o tamanho desse exército. Mas eu estou tranquilo, porque a maioria desses eidolons não serão um problema para lidarmos...
- O que me preocupa é a elite deles...formada por sete eidolons absurdamente poderosos...
- O que? São sete??
"O cavaleiro de ouro fica preocupado."
- Quem são eles?
"Em seguida Malakh agarra o juiz pelos ombros, sacudindo-o."
- Me solte!! "Desvencilha do cavaleiro de ouro, e se afasta."
- São muito antigos...são da época mitológica...eu mal tenho informações sobre eles...só me recordo do que Hades havia comentado há muitos e muitos anos...
- E tampouco sei quem são eles...apenas sei o nome de três deles...os outros quatro eu nunca ouvi falar...
- Como? Você é um juiz do inferno, como não sabe?
"Exclamava bem alto, incrédulo com o fato de um dos juízes do inferno não ter muitas informações sobre tais eidolons."
- Já te falei! São criaturas que foram seladas nos primórdios dos tempos...só Hades-sama sabia sobre eles...
- De qualquer modo, temos que ter cuidado com eles...são muito poderosos, posso dizer que são tão fortes como uma divindade.
- E qual é o nome desses três? O que você sabe sobre eles?
- Sei muito pouco...um deles se chama Aureus, foi um dos primeiros humanos de toda a história. Dizem que ele era um descendente direto do primeiro grupo de humanos. Salvou seu povo de incontáveis perigos, e logo ele se tornou um herói, querido e adorado por muitos. Ganhou fama, status e riquezas, e pouco a pouco foi se corrompendo, virando um sujeito cruel e vilanesco. Simplesmente passou a matar todos os outros que ele consideravam fortes ou poderosos, tentou monopolizar a sua influência sobre a civilização primitiva. Em seus estudos para ficar mais forte, descobriu a cosmo energia, aprendendo a dominá-la. Mas a descoberta não durou muito, a sua cobiça por poder lhe custou sua vida, ao ser traído por seus companheiros que temiam serem mortos por ele. Morreu ao ingerir um vinho envenenado pelo seu próprio filho, que estava apaixonado pela filha de um dos homens que morreu pela sua espada.
- O segundo se chama Oderode, era uma pessoa muito importante, um dos principais líderes da segunda civilização humana da história da humanidade. Já vem de uma linhagem um pouco mais recente. Evitando que houvessem ditaduras e regimes opressores igual ao que fora instaurado por Aureus e também por outros humanos na civilização anterior, a sociedade decidiu viver em paz, nos moldes de uma democracia primitiva, aonde haveriam representantes eleitos pelo povo. E dentre eles, o mais amado e venerado de todos era Oderode. Era um político brilhante, um estudioso e um gênio, que descobriu como manipular o cosmo. Mas ao passar dos anos, vendo a sociedade se tornar imoral, corrupta e desonesta, suicidou-se em desgosto, jurando que iria voltar um dia para aniquilar aquilo que chama de sociedade...
- E o último deles, se chama Tescalogia. Ele fez parte do grupo dos primeiros humanos que vieram habitar este mundo, antes de formarem a primeira civilização humana. Foi o começo de tudo. Naqueles tempos mitológicos, haviam muitos conflitos entre os deuses, como a gigantomaquia e a titanomaquia, mas essas histórias nós sabemos. Tescalogia presenciou esses conflitos, nos bastidores. Dizem que devorava as entranhas dos deuses mortos, adquirindo poder descomunal, bem como alimentava-se do cosmo desses deuses que eram deixados para morrer, durante a guerra. Foi assim que ele ganhou seus poderes. Ficou muito poderoso, passou a estudar sobre o universo e a vida em si, descobrindo assim a essência do cosmo. Não sei muitos detalhes sobre ele, apenas que é o eidolon mais poderoso que conheço.
- Os outros quatro são um mistério, e tampouco sei se estão vivos ou se ainda existem...
"Malakh estava pensativo, em silêncio."
- E então? Vai desistir, depois de ouvir essa história?
"Aiacos esboça um sorriso sádico."
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
Após cruzarem o mar do Japão, os dois magistrados infernais chegaram à região oeste da Rússia a bordo de um Camaro SS preto que pegaram emprestado sem o consentimento do dono.
- Pense no susto que o Bispo Giancarlo deve ter tomado quando voltou a si e viu aquela tragédia toda.
- Queria ter ficado para presenciar isso.
Rumores revelavam o comportamento estranho da população naquela região, o que poderia indicar a influência de um novo eidolon.
O duúnviro logo constatou que os rumores eram verdadeiros e as pessoas de lá estavam sob algum tipo de controle, que era diferente daqueles exercidos por Lycaon e por Yudo.
- Essas pessoas estão operando de forma coordenada, porém ainda cheias de vida e alegres. Isso parece ser...
- Paixão. – interrompeu Aiacos. – Alguém seduziu essa população gigantesca, quase o país inteiro. – concluiu ele, com o que Malakh prontamente concordou acenando com a cabeça.
Sob seus usuais disfarces, a dupla conseguiu avançar até o epicentro daquele campo de influência sem chamar muita atenção. No entanto, se depararam com um grupo que estava atento a qualquer sinal de cosmo-energia relevante naquele local.
- Alto! – um deles gritou.
– Qual vossa intenção para ir ao encontro da Srta. D’za-Maena? – questionou ele, que aparentava ser um cavaleiro de Atena, junto de outros quatro eidolons que não puderam ser identificados pela dupla, provavelmente guerreiros de outros deuses de tempos passados.
- Nós viemos mandá-la de volta para o inferno da onde jamais devia ter saído. – Aiacos retrucou em tom jocoso.
- E isso serve para vocês cinco também, eidolons patéticos. – completou Malakh revelando sua armadura, seguido por Aiacos que fez o mesmo com sua súrplice.
- Ora, um cavaleiro e um espectro juntos! Já entendi tudo, vocês querem levar a Srta. D’za-Maena para terem ela só para si!
- Eu, Dex de Flecha, o caçador da morte, não permitirei que seus dedos nojentos sequer encostem na Srta.!
- Dex de Flecha? Nunca ouvi falar...
- Nem eu, mas dá para ver que ele caça a morte mesmo. Acabou de encontrá-la.
- Pagarão caro por tanta insolência! Vamos, meus amigos, pela Srta...
- Cala essa boca! – Malakh interrompeu usando a técnica Ondas do Inferno.
A dupla infernal usava o poder do sekishiki para banir as almas dos cinco eidolons do plano terrestre direto para o Novo Inferno.
O grupo de eidolons se contorcia de dor e soltava gritos desesperados.
- Aiacos, julgue as almas desses coitados. – sugeriu o Canceriano.
- Eu, Aiacos de Garuda, os sentencio a passar a eternidade brigando entre si por ciúmes de sua amada sem descanso. É a minha decisão. – o juiz do inferno estalou os dedos e as almas dos eidolons foram para o Novo Inferno cumprir sua sentença.
- Nada menos do que o merecido para esses puxa-sacos.
- Temos de ter cuidado com essa eidolon, Malakh. Já ouvi falar de D’za-Maena. – alertou o espectro.
- Essa eidolon faz parte daquela elite que você mencionou? Ela controla outros eidolons como você disse.
- Eu não sei, mas ela é bem antiga. Segundo relatos históricos, D’za-Maena era considerada uma bruxa poderosa muitos séculos atrás. Ela governou a maior parte da Europa em seu tempo, espalhando sedução pela terra. Seus servos estavam todos apaixonados por ela e até dispostos a morrer em seu nome. É dito que, no seu auge, ela chegou a governar o mundo. – explicou Aiacos.
- E como foi o fim dela?
- Um dia, reis de todo o mundo se uniram para derrotar D’za-Maena e, finalmente, alcançaram esse objetivo, queimando-a até a morte. As lendas dizem que, enquanto seu cadáver ardia, seus adoradores apaixonados se atiraram ao fogo para morrer junto dela.
- Que mulherzinha perigosa, rapaz.
Nesse momento, um agradável aroma tomou conta do lugar e uma voz penetrante ressoou.
- Eu não ofereço perigo a ninguém, jovem Malakh. Tudo o que eu ofereço é amor e é por isto que sempre me retribuem com tanto carinho e estima. – D’za-Maena surgia diante de Aiacos e Malakh.
- Seu encanto não surte efeito em nós, bruxa! – afirmou Aiacos com um sorriso sarcástico estampado no rosto.
- Em você não, Juiz do Inferno. Você já está morto por dentro. Mas ele vai se render ao meu amor imensurável. – rebateu a eidolon.
Nesse instante, Aiacos olhou para o lado e avistou Malakh travando uma luta interna para resistir ao encanto de D’za-Maena.
- Não seja fraco, Malakh! Toda essa sensação que ela provoca é mentirosa, não há vantagem nenhuma em servir a esse ser repugnante!
- Eu sinto muito, Aiacos. Não sou um rei dos tempos mitológicos como você, sou um mero mortal! – Malakh ainda lutava, mas via suas forças se esvaírem.
A tentativa de resistir foi em vão e Malakh agora estava determinado a ficar ao lado de D’za-Maena.
- Eu... não... Eu não posso permitir que você a tire de mim!
CHAMAS DO INFERNO! – Malakh soltava sua técnica contra Aiacos.
Malakh- Garanhão Coronas
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
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"Malakh estava enfeitiçado por D'za-Maena, passando a agir contra seu colega, Aiacos."
"O que irá acontecer agora?? Será o fim para nossos guerreiros?"
- Chamas do inferno!
"O dourado dispara seu ataque contra Aiacos, que se vê surpreso com o desandar da situação.
- Sinceramente...eu não esperava que ele fosse ser manipulado tão facilmente...subestimei a capacidade dessa filha da puta...
"Refletia consigo, falando baixinho."
- Morra!! Não irás atrapalhar meu amor por D'za-Maena.
"O juiz, sem alternativas, explode sua cosmo energia, revidando rapidamente para não ser atingido."
= Droga, não queria ter que fazer isso. Vou ter que acabar lidando com ele, para depois lidar com D'za-Maena.=
"Aiacos refletia consigo mesmo enquanto explode seu cosmo."
- Conquistador de Indra!!!
"Sem escolha, Aiacos liberta sua técnica, contendo diversas chamas negras que acabam se chocando com as Chamas do Inferno de Malakh."
"Uma grande explosão toma conta do local."
"Em virtude do impacto, o local estremece-se totalmente, porém ambas as técnicas são anuladas."
- Consegui...agora preciso imobilizar Câncer!
"Rapidamente Aiacos avança em meio à fumaça levantada pela explosão."
"Porém para o espanto do juiz, não havia nenhum sinal do cavaleiro de ouro. Este havia desaparecido."
- Cadê? Cadê ele?
"Aiacos usa então sua cosmo energia criando uma forte ventania dissipando toda a fumaça do local. Não havia nenhum sinal de Malakh. Simplesmente havia desaparecido. A eidolon soltava uma risada maléfica, chamando a atenção de Garuda."
- Vai rindo enquanto pode! Eu irei mandá-la de volta para o inferno!
"Diz o juiz enfurecido, virando-se e caminhando em sua direção. Enquanto isso, D'za-Maena estende seu dedo para frente, com um sorriso cínico estampado em seu rosto."
-Meus amados! Tragam-me a cabeça deste homem!
"Assim, centenas de pessoas correm para cima do juiz. Uma horda de populares manipulados pela eidolon, sem vontade própria, apenas marionetes nas mãos de uma tirana cruel e sádica."
- Tsc...mandando-me esse enxame moscas para me incomodar...você é mesmo patética!
"Aiacos estala seus dedos, criando uma forte ventania novamente, arremessando as pessoas para longe, sem intenção de matá-las. Eram inocentes que estavam sendo manipulados."
= Nunca me importei com esses miseráveis...seria mais fácil matá-lo...mas sei que isso criaria problema com o Malakh depois...tsc...que droga...=
"O juiz reflete consigo, lembrando que havia prometido para o cavaleiro de ouro que não iria matar inocentes."
- Basta!!! A brincadeira acabou! Eu irei proferir sua sentença agora!
"Aiacos explode sua cosmo energia agressivamente."
"Chamas negras começam a se formar ao seu redor."
- Nossa...assim você me deixa empolgada...
"Diz D'za-Maena com um olhar provocante e sexy."
- Eu quero brincar bastante ainda...não deixarei um decrépito juiz do inferno acabar com minha diversão...
"A eidolon eleva sua cosmo energia, e novamente uma horda de pessoas surgem em volta de ambos."
- De novo? Isso é inútil!!
"Exclama o juiz enquanto arremessa as pessoas para longe com a ventania".
- Tadinho...tão ingênuo...
"Aiacos olha para a sua oponente, sem entender nada."
"Nesse momento, Malakh surge do nada, surpreendendo Aiacos, enquanto desfere um potente soco no rosto do juiz, deixando-o desnorteado."
- Arghhh...maldito!!
"Sem perder tempo, e aproveitando a brecha, o cavaleiro de câncer começa a desferir diversos socos contra o surpreso juiz do inferno, pego completamente desprevenido."
- Hahahaha...acabe com ele, meu querido servo!
"D'za-Maena solta uma gargalhada maléfica enquanto vê o juiz sendo espancado pelo cavaleiro de ouro."
-Irei matá-lo aqui, agora mesmo, como uma oferenda para minha amada!!
"Aiacos usa seus braços para desvencilhar da sequência de socos desferidas por Malakh."
- Você está louco!! Acorda!!! Livre-se dessa influência!!
"O juiz começa a pensar em uma alternativa para lidar com a eidolon, porém precisava tirar o cavaleiro de ouro de seu caminho."
- Morra maldito!!
"Câncer desfere outro soco potente que arremessa o juiz para longe."
- Maldição...você vai pagar caro, sua puta miserável!!
"Garuda resmunga, dirigindo suas palavras para a eidolon."
= Já me decidi! Creio que se eu fizer isso, ele não estará mais no território de D'za-Maena, e talvez ele se livre dos domínios dela. É um plano que pode não dar certo, mas preciso arriscar!=
"A eidolon continua observando os dois guerreiros de degladiando, com um sorriso cínico."
-Me desculpe, mas preciso tirar você daqui!
"Aiacos explode seu cosmo, e usando o Sekishiki, envia Malakh para o Yomotsu Hirasaka, no intuito de livrá-lo da dominação de D'za-Maena."
-Malditoooooo...
"Grita o cavaleiro de ouro enquanto desaparece do local."
- Consegui...uff...agora preciso acabar com essa puta...
"Dizia ofegante, ainda não havia se recuperado da sequência de socos que havia levado."
- Você disse que ia acabar comigo?
"Sem perder tempo, D'za-Maena avança com tudo para cima de Aiacos."
"E assim, defere um poderoso soco que perfura o abdômen do juiz."
- Argh....nã-não pode...ser....
"Incrédulo, o juiz observa sua algoz, enquanto seu sangue espirra sobre o rosto dela."
- O destino para aqueles que resistem ao meu encanto...é a morte!
"Após dizer tais palavras, D'za-Maena atravessa seu pulso mais fundo em Aiacos, que começava a cuspir sangue."
"Em seguida a eidolon desfere outro soco poderoso no rosto de Aiacos, arremessando-o para longe."
- É uma pena ter de matá-lo meu lindo...ainda mais você, um rei...
"Observa seu oponente, que estava caído a vários metros de distância."
- Eu sou aquela que irá sentenciá-la, juiz!
- E sua sentença...será a morte!
"D'za-Maena eleva sua cosmo energia agressivamente."
- Merda...
"O juiz cambaleia, tentando se levantar, enquanto sangue saia pela sua ferida...pingando pelo chão."
"O que será que irá acontecer? É o fim da linha para Aiacos?"
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
- O fim está próximo...
Juno tomou um gole da Água da Vida enquanto sua mente viajava através de pensamentos caóticos.
Os pássaros do Pico dos Espíritos de Jandara observavam Juno de maneira imóvel e assustadora, mas não apresentavam ameaça a ele. Pelo contrário, eles o vigiavam.
- De um jeito ou de outro, o fim está próximo.
- Mas antes, vamos apreciar o pôr do sol e essa bela vista.
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A sangrenta batalha no oeste da Rússia parecia se encaminhar para o final. Aiacos estava no chão buscando forças para se reerguer, mas sem encontrá-las.
D’za-Maena preparava seu golpe final que ceifaria a vida do Juiz do Inferno. Para tanto, a feiticeira canalizava energia para a ponta de sua lança.
Todavia, no derradeiro momento, o rosto de D’za-Maena é acertado em cheio por um poderoso chute que veio do alto, jogando-a para longe, caindo, porém, em segurança no solo e prontamente se levantando.
- Sentiu saudades? – era Malakh que havia voltado ao campo de batalha e estava pronto para uma revanche contra a bruxa.
- Senti... Você tem tudo para ser o melhor dos meus servos! – bradou D’za-Maena enquanto lançava seu feitiço encantador novamente sobre Malakh.
Seus encantos, porém, dessa vez não surtiram efeito sobre o Cavaleiro de Câncer.
- Não vai funcionar, gracinha. – retrucou ele.
- Impossível! Não há nenhum homem vivo capaz de resistir ao meu poder!
- É verdade... Mas não estou vivo. Meu corpo está ali. – disse Malakh apontando para seu corpo que estava atrás dele de pé e de olhos fechados, imitando seus movimentos de forma sincronizada à sua alma, mas sem sair do lugar.
- Eu desenvolvi essa técnica que me deixa em um estado de semimorte, o que permite que minha alma saia do meu corpo sem romper a ligação entre os dois.
- Chamo isto de Conexão Etérea. Minha alma é imune ao seu encanto e com isso seu trunfo é inútil.
- Agora vou te fazer sofrer mais do que os reis do passado, bruxa nojenta.
- Maldito! Se não pode me servir, então vai morrer pelas minhas mãos e depois vou terminar de matar o espectro! – D’za-Maena estava irada com o truque de Malakh.
A feiticeira dispara uma rajada de energia a partir de sua lança contra Malakh, mas o feixe de luz atravessa o Cavaleiro sem ele sofrer qualquer efeito.
- Isso também não vai funcionar... – Malakh se aproximava a passos lentos dela.
- Pode não funcionar contra uma alma, mas contra um corpo físico funciona! – D’za-Maena lança seu ataque novamente, porém dessa vez contra o corpo adormecido de Malakh, que já estava bem atrás dele, mas ainda repetindo os movimentos de sua alma em sincronia.
A carga de energia do disparo, no entanto, novamente atravessa o Cavaleiro da Morte. Malakh havia trocado sua alma de lugar com seu corpo, algo que ele podia fazer livremente durante a Conexão Etérea.
- Você não prestou atenção quando eu expliquei que meu corpo e alma estão conectados, né? - Malakh se divertia com o desespero da adversária.
- Maldição! – D’za-Maena estava atordoada. Já não sabia mais qual era a alma e qual era o corpo.
A feiticeira olhou de relance para o Malakh que estava a frente e depois olhou para o de trás. Quando constatou que aquele mais afastado era novamente o corpo, já era tarde.
A bruxa viu o Canceriano surgir em sua frente na forma etérea e lhe aplicar um soco no rosto que atravessou o corpo e atingiu sua alma. – Tic tac! – a cabeça da alma de D’za-Maena saiu brevemente do corpo da hospedeira e logo retornou para dentro.
- Tic... – Malakh desferia mais um soco.
- Tac... – E mais um outro.
- Tic... Tac... – Uma série de murros brutais era executada pelo Cavaleiro contra a eidolon.
Ao fim da sequência de golpes, Malakh puxou a alma de D’za-Maena de dentro do corpo da hospedeira, que caiu adormecido ao chão, e jogou para trás a bruxa em seu estado etéreo.
- Seu tempo acabou.
- Hora de morrer... DE NOVO! – o Cavaleiro parecia estar sofrendo de um surto psicótico tamanha era a vontade de se vingar da manipulação que sofrera.
- Não, Malakh! Não faça isso! Eu posso melhorar, eu posso ajudar vocês nas lutas vindouras! – suplicou D’za-Maena de forma desesperada.
- Certo! Não irei fazer nada... Mas ele vai. – respondeu Malakh apontando para Aiacos que se aproximava vagarosamente de maneira cambaleante e arrastando os pés.
- Aiacos, tenha a honra de mandar essa desgraçada para o inferno. Profira sua sentença!
O ferido juiz do inferno mal teve tempo de esboçar uma reação quando surgiu nesse momento uma grande massa amorfa de energia que consumiu a alma de D’za-Maena instantaneamente e por pouco não devorou também a de Malakh se este não tivesse desviado e voltado a seu corpo.
- É o Inominado! – gritou Malakh colocando-se em posição de combate.
A massa cósmica antes disforme havia assumido uma forma humanoide, mas aparentemente apenas para fazer troça da situação da dupla.
- Ainda não... HA HA HA HA HA! – a gargalhada grotesca e assustadora ecoava pelos ventos enquanto o eidolon Sem-Nome novamente se tornava pura cosmoenergia e desaparecia daquele local.
- Mas que porra foi essa... Hm? – Malakh se virava e só agora constatava o estado de seu colega infernal. - Aiacos! – gritou ele correndo na direção do espectro.
Aiacos havia perdido muito sangue e seus ferimentos eram profundos e expostos.
- Olha, a má notícia é que seu ferimento é fatal. A boa notícia é que eu sei como consertar isso. – disse ele inspecionando as feridas.
- Já sei... vai prender minha alma na casa de Câncer e jogar o corpo fora. – Aiacos brincava com a situação apesar da gravidade.
- Nada disso. Você vai ver, ficará como novo, sairá de lá praticamente virgem.
- Lá onde?
- Vamos logo, eu te levo. – Malakh colocava o maltratado Aiacos sobre suas costas para carregá-lo.
- Foi bem bolada a ideia de me mandar para o Yomotsu, aliás. – dizendo essas palavras, Malakh desaparecia num feixe luminoso dourado junto de Aiacos, viajando na velocidade da luz para salvar do inimigo que virou seu amigo.
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Capítulo VI – O Rei e o Relógio
“O Relógio da Morte corre levando O Rei em direção à Vida.”
“Como é irônica essa coisa chamada destino... Aquele que manda as almas para a morte agora quer enviar uma para longe dela e aquele que julga os mortos luta para não sofrer a mesma punição que decreta aos outros.”
“Quem julgará o Juiz dos Mortos quando sua morte chegar?”
“O que será do Relógio da Morte quando o tempo acabar?”
“O fim dos tempos traz consigo o paradoxo ou o paradoxo é o que traz o fim dos tempos?”
As perguntas torturavam Juno, mas ele tinha medo mesmo era das respostas.
“Se o Juiz-Rei morrer, o Relógio para.”
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Malakh estava parado observando o Monte Jandara, o Pico dos Espíritos, que se apresentava imponente no horizonte, não muito longe dali. Ele não poderia mais usar sua velocidade nem qualquer poder advindo do cosmo a partir daquele ponto em que ele se encontrava graças a uma barreira mística na região, criada pelos próprios espíritos que lá habitam.
O céu havia se escurecido com nuvens negras acompanhadas de chuvas torrenciais e relâmpagos. Sem se intimidar, o Cavaleiro de Câncer carregava sobre suas costas o Juiz do Inferno enquanto avançava no desafiador e traiçoeiro trajeto até o topo.
- Mas que droga! – esbravejou Malakh ao observar um fino caminho cercado por um profundo abismo que se colocava logo à sua frente.
- Não foi tão difícil da última vez. Os espíritos devem estar mais atormentados do que o normal. – o cavaleiro lamentou ao passo em que se lembrava das histórias que contavam sobre como aquela região mudava sua geografia conforme a vontade dos espíritos.
Apesar do tortuoso caminho e de alguns machucados causados por quedas e deslizes, Malakh teve êxito em atravessar o desfiladeiro e logo chegou ao topo do Monte junto de Aiacos, provando ser digno da visita ao lugar, que agora já estava contemplado com um belo céu de fim de tarde.
Malakh caminhava lentamente enquanto era observado pelos espíritos materializados na forma de pássaros. Ele seguia o som suave de uma corrente de água caindo.
- Aiacos de Garuda e Malakh de Câncer, eu estava a vossa espera. – disse uma voz desconhecida para o cavaleiro.
- Quem está aí? – perguntou.
- Sou Juno, o último dos Lemurianos. Sou o guardião da Água da Vida, aquilo vocês vieram buscar. – respondeu a figura se revelando entre os pássaros que saíram voando dali, demonstrando a origem do som das águas, um pequeno lago abastecido por um pequeno olho d’água.
- Mais uma vez você se mostrou merecedor de alcançar essas águas, Malakh. Das outras vezes eu somente observei seu feito de chegar até aqui, mas desta vez o destino me obrigou a intervir na sua jornada.
Antes de dar maiores explicações, Juno apontava para o lago e incentivava Malakh a mergulhar o espectro lá.
- Sabe nadar, né, Aiacos? – brincou com a situação.
Aiacos tentou dar uma resposta sarcástica como de costume, mas já não conseguia falar, estava demasiadamente fraco por ter perdido tanto sangue.
- Calma, meu amigo. Vai funcionar. Essa água não é exatamente o que parece ser, ela é tempo!
- Ela vai restaurar seu corpo para um tempo anterior aos ferimentos, estendendo assim seu tempo de vida. Essa é a Água da Vida!
Malakh então atirou Aiacos para dentro do lago sem muita delicadeza. O que não era surpresa, afinal sempre foi uma pessoa bem estabanada.
No entanto, o simples e direto ritual surtiu efeito e Aiacos prontamente emergiu do lago com seus ferimentos complemente sarados pelo milagre da Água da Vida.
- É mesmo impressionante. – o espectro estava surpreso em ter aquilo realmente funcionado.
Malakh estava contente com o resultado positivo de seu plano, mas algo o afligia, era uma dúvida que ele não podia mais esperar para sanar.
- Como você sabia que viríamos? E como sabe os nossos nomes? – ele questionou a Juno.
- Tive diversas visões do futuro em que vocês apareceram. Eu os vi nas águas desse mesmo lago. Como você disse, a Água da Vida é tempo, mas o que você não sabe é que o tempo não é linear para essas águas, pois nelas o passado, o presente e o futuro se encontram. – explicou Juno.
- Eu tenho a habilidade de conseguir fazer algum sentido a partir desse caos que essas águas narram. Onde você vê um lago de água cristalina, eu vejo um oceano de memórias. – continuou.
- Faz sentido. O tempo em uma forma não-linear é praticamente inconcebível para a mente humana, então faz sentido que percebamos isso como água, algo que nossos primitivos cérebros conseguem compreender bem.
- E o que você viu do futuro? Devo perguntar? Devemos saber? – indagou um curioso Malakh.
- Vi o fim de tudo. O fim causado por uma entidade desconhecida, esquecida, que se libertou do oblívio e rasgou os ceús e a terra para que nunca mais a olvidassem. – Juno respondia quase em um tom melódico, como se a sua visão da desgraça fosse o mais belo dos poemas que já lera.
- A última memória que todos terão será a lembrança do Esquecido.
- O Inominado? Ele vai acabar com tudo? – Aiacos parecia desvendado o enigma proferido por Juno.
- Não necessariamente. Talvez. É possível. – imediatamente respondeu Juno olhando seriamente para a dupla.
- Há outro ente misterioso. Até mais poderoso provavelmente.
- Maldição, mais um deles! Não há nada nas suas visões que ajude a descobrir quem é ele? Ou pelo menos a real identidade do eidolon Inominado?
- Não, os fragmentos do futuro que vi só demonstraram a destruição, mas não elucidam sobre identidade nenhuma.
- Mas tenho a forte impressão de que Aquele Que Não Tem Nome tem uma natureza que não é humana. Acredito que seja um deus muito antigo, presumivelmente um deus primordial. Não pode ser um titã, pois estes estão trancafiados no Tártaro e não foram libertos com a destruição do Meikai. – ponderou Juno.
- Talvez não precisemos saber quem é, apenas saber como matar. Suas visões dão alguma ideia sobre como derrotar essas entidades?
- Ao que tudo indica, somente uma pode derrotar a outra. – arrematou o lemuriano ao expor uma dolorosa verdade para a dupla.
- Ou Aquele Que Não Tem Nome devora essa entidade misteriosa e depois devora o mundo inteiro ou ela instaura um reino de terror interminável.
– De uma forma ou de outra, é o fim de tudo como conhecemos.
- Desculpe-me, mas não posso acreditar nisso. – disse Malakh rejeitando as premissas estabelecidas por Juno.
- O tempo não é fixo. Esse futuro era real quando você o viu, mas a partir do momento que nos contou tudo isso, você interferiu na linha do tempo e agora o futuro é incerto. É um livro em branco pronto a ser escrito. Tabula rasa.
- É possível... Pode ser que a minha visão e esta conversa sobre esse futuro de alguma forma o mudem. Pode ser também, no entanto, que seja exatamente isso que provoque aquele futuro previsto. Não há como sabermos até acontecer. – contestou.
- Então vamos lutar até o que tiver de acontecer vier a se concretizar. Venha conosco, Juno.
- Receio que eu não possa. Meu dever é guardar essas águas.
- Que desculpa esfarrapada... Ninguém além do Malakh sabe chegar neste lugar e tenho certeza que nenhuma outra pessoa sequer pisou aqui nos últimos séculos. – Aiacos se insurgia contra a razão levantada por Juno.
- Minha interferência se encerra aqui, nobre Magistrado. – afirmou Juno, terminativo.
- Patético... Você é o lemuriano mais fraco que já vi em toda a minha vida e eu já vivi bastante.
- Sim, ele é bem antigo. – interrompeu Malakh com uma brincadeira fora de hora.
- É... – Aiacos fuzilava Malakh com o olhar.
- Fique com seu fatalismo aqui.
- Vamos, Malakh. Temos um mundo a salvar. Até porque não ia ter graça se ele acabasse. Não vou ficar sem a diversão de julgar os malditos humanos pelas vidas desgraçadas que levaram.
- É assim que se fala, campeão! – comemorou Malakh com um aceno de despedida a Juno.
A dupla deixava o Pico dos Espíritos tranquilamente, desta vez trilhando um caminho fácil proporcionado pelos habitantes sobrenaturais da região.
- A D’za-Maena... Será que ela era uma integrante da Elite?
- Não. Antes tinha minhas dúvidas, mas durante a luta percebi que ela é uma eidolon de Excelência assim como o Lycaon, ou seja, faz parte da casta intermediária.
- Os de Elite vão ser um grande problema mesmo, pelo visto. E o Sem-Nome também... O desgraçado devorou a D’za-Maena como se fosse um lanchinho da tarde. Mesmo que a alma dela estivesse exposta, não deveria ser tão fácil.
- Mas então, algum plano para o que vem a seguir?
- Do jeito que vejo as coisas, temos duas opções: ou banimos mais eidolons para o Inferno, de modo a evitar que o Inominado continue se alimentando, ou buscamos descobrir quem ele é.
- Eu não sei se saber o nome dele vai adiantar algo, mas com certeza banir eidolons não vai surtir nenhum efeito. Ele é mais rápido do que a gente e já mostrou isso.
- Nesse caso, vamos buscar descobrir quem é esse verme.
- E só há um lugar em que podemos encontrar uma informação como essa.
Assim, a dupla infernal seguia sua jornada rumo a um misterioso lugar, a fim de desvendar um segredo quase tão antigo quanto a própria existência.
Malakh- Garanhão Coronas
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
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"Nossos guerreiros haviam prosseguido a sua aventura, a fim de descobrir mais informações sobre o terrível eidolon Inominado, que poderia vir a ser um grande problema para a dupla no futuro. Desta forma, conseguindo identificar quem era o terrível inimigo que devorava almas, nossa dupla partia rumo ao berço da civilização, a Mesopotâmia."
"Porém antes, o juiz do inferno precisava fazer uma parada muito importante. E esse local nada mais era do que as ruínas de um templo que ficava em uma ilha na Grécia, abandonada por milênios."
"E assim, nossa dupla chegou até o local, inóspito e abandonado, sem um sinal de vida sequer. O que este lugar reservava aos nossos guerreiros?"
- Hmmm...que local é esse?
"Malakh se questionava enquanto observava as ruínas do que um dia fora uma cidade dos tempos antigos."
- Esta é uma ilha que tem relação com os tempos mitológicos. Sua história é praticamente desconhecida, eu apenas sei dela graças às informações que me foram passadas por Hades.
"O juiz caminhava vagarosamente, olhando o local com uma lembrança familiar, ele conhecia essas ruínas."
- Este lugar está associado aos espectros? É algum acampamento-necrotério?
"Câncer falava em tom de deboche, tirando sarro."
- Idiota! Não existe nenhuma associação deste lugar com os espectros, apenas uma única coisa.
"O juiz para de caminhar, permanecendo imóvel e em silêncio."
- E o que seria?
"Malakh questionava enquanto parava perto de Aiacos."
- Nós fomos ordenados por Hades a dizimar os moradores dessa ilha há alguns milênios atrás.
-Foi uma matança...um genocídio como outro qualquer...essa missão foi confiada de Hades para Radamanthys...e ele cumpriu a tarefa sem pestanejar.
"Em seguida o juiz olha para o cavaleiro de ouro."
- Mas por qual motivo a nossa divindade teria ordenado uma tarefa tão simplória? Simples esqueletos podiam matar ou dizimar populações inteiras sem maiores esforços...
"Malakh ouvia atentamente Aiacos."
- A resposta é simples: eles não eram simples humanos...não eram uma simples civilização...
"Malakh ouvia tudo atentamente, observando o local, que emanava uma aura mórbida e melancólica."
- E o que eles eram??
- Eram os remanescentes da primeira civilização humana...ou melhor...os descendentes direto dos primeiros humanos a existirem em toda a história! E eles se refugiaram nessa ilha, pois eram um povo perseguido.
"O cavaleiro de ouro arregala os olhos, surpreso com a revelação."
- Que eu saiba...os primeiros humanos foram criados pelo titã Prometheus. Eram descendentes desses humanos?
- Não. Os humanos que foram criados por Prometheus são humanos normais...são a base de nossa civilização. Mas os primeiros humanos a existirem foram uma criação dos titãs quando eles governavam o mundo.
"Aiacos sentava-se enquanto observava um Malakh incrédulo."
- Quer dizer que existiam humanos antes da grande guerra entre os titãs e os olimpianos?
"O cavaleiro de ouro se aproxima de Aiacos a passos rápidos, mostrando uma inquietação."
- Sim, existiam! Esses humanos foram criados logo após a derrota de Urano e os demais protógonos, os deuses primordiais, pelos titãs, numa revolta que foi encabeçada por Cronos.
- Com isso, os titãs decidiram criar um semelhante à sua própria imagem...e assim surgiram os primeiros humanos.
"O juiz se levanta, coçando sua nuca, enquanto olhava para o lugar, como se estivesse procurando algo."
- Esses humanos eram muito poderosos, diferentes dos humanos normais que foram criados por Prometheus, muitos milênios depois. Eles possuam força física acima da média, resistência, longevidade, e demais atributos que eram muito mais fortes que os humanos comuns. E nesse primeiro grupo de humanos, estava Tescalogia, Oderode, Aureus bem como alguns outros que no fim viraram eidolons. Eles são almas dos seres mais poderosos deste primeiro grupo de humanos.
"Malakh cruza seus braços, pensativo, refletindo sobre a história."
- E minhas suspeitas são de que o Inominado faça parte deste grupo de primeiros humanos...ou melhor, prefiro chamá-lo de seres humanóides...ou melhor...de titanos...porque a raça humana como nós conhecemos só surgiu nas mãos de Prometheus.
- Então...isso quer dizer que ele seria um desses super-humanos, um desses titanos criados pelos titãs.
-Talvez sim...mas não sei se ele era um super humano ou não...
- Mas Aiacos, me diga! O que aconteceu com esse grupo de humanos primordiais? Ou melhor, titanos.
"O cavaleiro de ouro volta a olhar o juiz e questiona-o olhando em seus olhos."
- Bem...com a queda dos titãs durante a guerra com os olimpianos, a titanomaquia, esses humanoides também encontrariam seu fim.
"Aiacos solta uma gargalhada."
- Porque eles não aceitavam os olimpianos como seus novos deuses. E em virtude disso, a maior parte deles foi dizimada pelos punhos desses deuses. Naquela época, Hades, Poseidon e Zeus estavam atuando juntos.
- Assim, com a aniquilação dos titanos, sobraram pouquíssimos sobreviventes, que foram caçados impiedosamente pelos deuses no decorrer da história.
"Malakh acendia um cigarro enquanto ouvia atentamente a história."
- Então, por isso Hades mandou os espectros irem atrás dos habitantes dessa ilha.
- Exato...eles eram os últimos sobreviventes...os últimos titanos remanescentes na história. Com o ataque de Radamanthys, eles foram praticamente extintos.
- Mas naquela época, já existiam humanos normais, os descendentes dos humanos que foram criados por Prometheus. E em virtude da compatibilidade biológica, surgiram muitos híbridos que se espalharam mundo afora.
- Por isso existem pessoas com inteligência acima da média...pessoas com força física anormal...enfim...eles seriam descendentes dos descendentes desses híbridos que descendem de titanos e humanos.
- Mas você disse que eles foram extintos, correto?
- Sim, mas os de puro sangue, os verdadeiros titanos. Os híbridos não contam, não são titanos.
-Entendo, é uma história interessante. Mas o que isso tem a ver com o Inominado, fora o fato de ele ser um desses titanos? Ou de ele ter uma relação com essa civilização perdida?
- Eu suspeito que ele seja alguma divindade primitiva que caiu em desgraça com o genocídios desses humanoides primordiais.
- Acredito que ele é algum tipo de deus...ou talvez um espírito ancestral...
- Porque, como você sabe, em tempos antigos, os espíritos eram abençoados com a vontade dos deuses, que apoiavam os guerreiros da antiguidade. Ou seja, os titanos.
- Os chamados derivados dos deuses, não é?
"Malakh completa a fala de Aiacos".
- Correto. São diferentes dos semi-deuses, que são fruto da conjunção carnal entre um deus e um mortal.
- Existiam muitos na era mitológica, antes da criação do inferno na qual Hades ficou encarregado de cuidar. Naqueles tempos, os espíritos circulavam livremente pelo mundo. Mas com a criação do Meikai, os espíritos eram enviados para um outro plano, foi a partir daí que os mortos eram enviados para o além, para o chamado plano espiritual, sendo os bons enviados para o Elíseos, e os ruins para o Inferno.
- Sim. Por isso esses espíritos desapareceram! E é aí que nasce a história do nosso amiguinho sem nome. Com a derrocada dos titãs por Zeus e os demais olimpianos, os espíritos perderam o passe livre nesse mundo. Eram enviados para um outro plano de existência. E aí que chega o clímax da história. Muitos espíritos foram enviados de forma forçada para o além, incluindo esse espírito ancestral, cuja existência foi revirada, subordinada por um monstro enquanto manteve sua identidade.
- Um monstro? Quem seria? Tescalogia?
- Talvez...é possível que esse espírito ficou subordinado à Tescalogia, que cometia a heresia de devorar partes dos deuses mortos para ganhar mais e mais poderes. Isso durante a guerra entre os deuses. Com o término dela, Tescalogia já havia adquirido tanto poder que morreu, não conseguiu suportar. E seu espírito, ou melhor, o eidolon, seria o monstro que corrompeu o Inominado.
- Entendo. Então esse espírito foi consumido pelo impulso primitivo de sobrevivência: devorar ou ser devorado. Um espírito corrompido.
- Provavelmente. Quando os titãs foram selados no tártaro, e iniciou-se o genocídio dos titanos, muitos desses espíritos foram selados no inferno que seria criado pelos deuses, o Meikai. Entre eles, o Inominado.
- Mas antes da criação do Meikai, os deuses tiveram muito trabalho para lidar com um grupo muito forte de titanos, cujo poder era equivalente ao dos deuses...e eles são nada mais nada menos que os eidolons de elite.
"Malakh arregala os olhos."
- Essa é a história que Hades contou para mim, Minos e Radamanthys, antes de passar essa missão para Wyvern eliminar os titanos remanescentes.
- Esses titanos poderosos foram eliminados, e seus espíritos, ou melhor eidolons, foram selados numa camada que fica entre o Meikai e o Tártaro, chamada de Limbo. Com a última guerra, o Meikai ficou em ruínas, assim como o próprio limbo.
- Então não bastasse os eidolons fugirem do Meikai, os eidolons desses titanos extremamente poderosos também fugiram. Vale lembrar que eles são criações dos próprios titãs!
- Então os eidolons de elite seriam os mais poderosos dos titanos que você falou.
- Exato...seriam os titanos que alcançaram o status de divindade, seja por devorarem partes dos outros deuses, seja por conseguirem perfeitamente manipular a cosmo energia, seja o motivo que for.
- E o Inominado seria um desses titanos...ou...como você disse mesmo?
- Um espírito ancestral...um dos diversos espíritos que apoiavam os guerreiros da antiguidade, com a graça dos deuses, isto é, os titãs.
- E como você não me contou isso antes??
- Porque fiz uma promessa a Hades de jamais contar essa história, a não ser que fosse necessária. Então achei interessante trazer você até aqui para ver com seus próprios olhos o que restou da civilização dos titanos.
- Agora...o que nos resta é enfrentar o Inominado! Devemos matá-lo antes de ele ficar poderoso novamente.
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Re: Seu Deus Está Morto! - As Desventuras do Cavaleiro da Morte e do Juiz do Inferno
Malakh e Aiacos ainda tinham de descobrir a verdadeira identidade do eidolon Inominado e esperavam que a resposta para essa questão estivesse na Mesopotâmia.
No entanto, Malakh resolveu passar antes no Santuário, já que estava na Grécia. O cavaleiro estava exausto por conta das últimas batalhas e precisava descansar. Aiacos, por outro lado, estava com a plenitude de suas energias graças ao rejuvenescimento causado pela Água da Vida, mas concordou com a pausa no meio do trajeto.
Chegando à entrada do Santuário, Malakh notou uma barreira protegendo o local. Ela emanava um tom azulado, como se estivesse energizada.
O Canceriano não havia mais retornado lá desde o fim da Grande Guerra, mas sabia que não era a barreira de Atena e ele precisava descobrir o que era. Ele e Aiacos, então, seguiram adiante, penetrando a barreira, que imediatamente adquiriu um tom avermelhado.
- É um alarme! – gritou Malakh e a dupla se pôs a correr.
Malakh e Aiacos alcançaram o pátio quando se viram cercados por o que pareciam ser androides, para incredulidade do Cavaleiro de Câncer.
Os androides ergueram seus braços e gritaram em uníssono: - Turbilhão de Chamas! – fazendo com que a dupla infernal fosse coberta por um pilar flamejante.
A técnica, no entanto, não surtiu efeito contra um Cavaleiro e um Espectro das mais altas patentes e eles passaram a golpear violentamente os androides, destruindo alguns deles.
Foi nesse momento que se ouviu uma voz gritando:
- Malakh??? Malakh, é você?!
Malakh se virou e avistou Kai de Tucano com algum tipo de controle de alta tecnologia em mãos.
- Caramba, é você mesmo! Mal posso acreditar nos meus olhos! – bradou Kai desligando os androides e dando um abraço em Malakh, o que ele não gostou muito, mas preferiu não falar nada porque parecia que o rapaz não via gente há anos.
- Bom te ver, garoto. Fico feliz em saber que estás vivo. Mas, diga-me, que diabos foi isso?
- São meus cavaleiroides. Sinto muito, ainda estou os ajustando.
- Foi impressão minha ou eles utilizaram uma técnica cósmica?
- Utilizaram. Você vai brigar comigo, mas eu destruí a armadura de Centauro e usei a poeira estelar dela para construí-los. Eu estou sozinho aqui e foi a forma que consegui de tornar o Santuário mais seguro.
- Relaxa. As armaduras sempre renascem. Quando for a hora certa, claro.
- Fico grato que tenha entendido. Mas o que não entendo é o alarme. Ele não deveria soar para quem estivesse trajando uma armadura de Atena, não sei o que hou-....- a fala de Kai se interrompeu assim que avistou Aiacos.
- AAAAAH! – Kai caia no chão assustado olhando para o Espectro.
- Ky-Kyoto! Kyoto!!!
- Calma, Kai. A guerra acabou.
- Ele está me ajudando.
- Cavaleiroide é um nome horrível. – Aiacos se divertia com a cena que presenciava.
- Ele está ajudando com o quê? – Kai questionava enquanto se reerguia.
- Com os eidolons.
- Almas de humanos poderosos que mantiveram a consciência post-mortem e escaparam do inferno, chegando ao mundo terreno por meio de possessão de vivos?
- Se você sabe, por que pergunta?
- Não são somente almas de humanos...
- E mais de quem? – Kai estava curioso a respeito da nova ameaça que surgira.
- Longa história. Deixe para lá. – Malakh cortou o barato do Cavaleiro de Tucano.
- O que você precisa saber é que o Meikai foi destruído junto com Atena e Hades e de lá escaparam almas de seres muito perigosos.
- Eu preciso de sua ajuda para encontrar uma coisa. Você é o cara ideal para isso.
- Pode contar comigo para o que precisar, Malakh.
- Vá até Star Hill e encontre o Necronomicon. Enquanto isso vou descansar um pouco. Recarregar as baterias, sabes como é.
- O livro dos mortos? Aquilo só tem maldade dentro, Malakh.
- É para o caso de necessidade apenas. Agora seja um bom moço e vá encontrá-lo.
- Mas Star Hill é um lugar proibido, somente o Grande Mestre pode..- Kai era interrompido por Malakh.
- Vamos pedir para ele então. Ah, é mesmo! Não dá, ele está morto!
- Não há mais regras, não há mais Santuário, garoto. Olhe ao seu redor, o Santuário está todo destruído. Não há uma só casa zodiacal de pé. O Salão e o Templo de Atena reduzidos a pó. Você aqui sozinho...
- Encontrou algum cavaleiro além de mim desde então?
- Eu rastreei alguns, mas eles parecem ter medo de voltar aqui. Nenhum deles é cavaleiro de ouro, no entanto. Acho que você é o último.
- Se você acha, Kai, é porque é verdade.
- Então vá, garoto. Precisamos disso, são tempos difíceis.
Kai acenou com a cabeça e seguiu para Star Hill, também chamada de Monte das Estrelas.
Enquanto isso, Malakh se dirigiu aos aposentos dos cavaleiros de prata, uma das únicas estruturas do Santuário que estavam intactas. O Canceriano demorou a cair no sono, pois ficava pensando em seus companheiros mortos. Ele estava lá quando o Meikai foi destruído e os cavaleiros morreram com a explosão ou caíram no abismo hiperdimensional sem fim. Malakh havia sobrevivido porque usou o sekishiki para se transportar imediatamente ao Yomotsu em segurança. Ele suspeitava que era o único sobrevivente por conta disto.
Eventualmente, o cansaço venceu e Malakh conseguiu dormir. Ele sonhou com um lugar estranho, com um céu que apresentava uma fusão de cores: roxo, violeta, azul e rosa. Sua visão era borrada e não percebia os detalhes, mas uma sombra estava ao seu lado.
- É belo, não é mesmo? – perguntou a figura misteriosa.
Malakh não conseguia enxergar direito, mas sentia o adocicado aroma da morte que conhecia bem.
- Que lugar é este?
- O futuro. – disse a figura sombria que crescia e tingia todo o cenário de preto.
Malakh acordou assustado e se levantou para tomar água. Ele acabou encontrando Aiacos na mesma situação e contou do seu sonho.
- Então não foi sonho porque vi a mesma sombra no mesmo lugar, mas ela não foi assim tão pacífica comigo.
- Ela me questionou como pode ser justo um juiz do inferno qualquer arbitrariamente julgar as vidas miseráveis que levaram esses pobres diabos que eu encontro pelo mundo.
- Isso foi obra de um eidolon de Elite. Tenho certeza.
- Ele invadiu nossas mentes?
- Acho que sim. Espero, pelo menos. Porque se não foi isso, então ele momentaneamente retirou nossas almas de nossos corpos e as levou até ele.
Apesar de apreensivo, Malakh estava muito esgotado e tornou a dormir. Desta vez conseguiu realmente descansar.
Enquanto isso, Kai vasculhava a biblioteca de Star Hill atrás do Necronomicon, Naquele lugar havia diversos tomos proibidos escondidos e não era diferente com o livro dos mortos.
O cavaleiro de Tucano deduziu de que o ponto-chave para o enigma se encontrava na seção de livros sobre o sekishiki.
Apesar de mesmo dentre os cavaleiros de bronze não ser dos mais poderosos, Kai era um gênio e um grande estrategista. Ele conseguiu a admiração de todos pela sua mente aguçada que o permitia perceber o que a maioria não conseguia.
Havia sido criação dele o plano que culminou na destruição de Hades e do Meikai. As forças de Atena estavam em frangalhos depois que o Santuário fora duramente atacado e as possibilidades de vitória eram baixas. No entanto, o resultado final, para Kai, não foi uma vitória, mas uma derrota para ambos os lados, pois, embora tenham feito o que parecia impossível àquela altura, graças ao seu plano, os sacrifícios das vidas dos cavaleiros e da deusa foram altos demais. Ele não se perdoava, apesar de ter previsto esse resultado e de ter avisado Atena e o Grande Mestre.
Por isso, o cavaleiro de bronze estava ansioso em contribuir como fosse possível. Empolgado, ele prontamente constatou que todos os livros daquela seção estavam minuciosamente organizados na forma correta. A disposição era impecável, exceto por um erro que ele havia verificado e que tinha certeza de que era intencional: um livro sobre o Escudo da Medusa se encontrava lá no meio. Somente alguém com certa noção sobre as armaduras poderia notar que esse livro não tinha relação nenhuma com o sekishiki.
Kai retirou o livro da prateleira e o folheou até encontrar um selo de Atena. Além do enigma, uma defesa para que nenhum inimigo da deusa alcançasse o tomo. O cavaleiro de Tucano sorriu pela perspicácia dos antigos. Ele retirou o selo com cuidado, que saiu facilmente do livro e a estante se abriu, revelando o Necronomicon.
Ao amanhecer, Malakh já estava novamente se sentindo disposto e recebeu o Necronomicon das mãos de Kai.
- Espero que saiba o que está fazendo.
- Eu também, meu amigo.
- Posso ir com vocês? Talvez eu ajude de alguma forma.
- Não tenho dúvida que sua genialidade nos auxiliaria, mas preciso que fique aqui e continue na reconstrução do Santuário. Arrume um jeito de trazer os outros sobreviventes de volta aqui e use a sua tecnologia para o bem.
- Assim teremos ainda uma esperança caso eu e Aiacos falhemos. E você sabe como é importante ter esperança, não é mesmo?
Kai assentiu e Malakh se despediu: - Adeus, Grande Mestre.
- Grande... Mestre? – um atônito Kai via a dupla de magistrados do Novo Inferno partir em direção à Mesopotâmia.
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